Foi
em Setembro que se conheceram! Ela trazia nos olhos a luz de Maio, nas
mãos o calor de Agosto e um sorriso tão grande que não cabia no tempo.
Ele disse-lhe: “ Ouve, vamos ver o mar...”
Ele disse-lhe: “ Ouve, vamos ver o mar...”
Foram
o 30 de Fevereiro de um ano por inventar, falam coisas tão loucas e
acabaram em silêncio, por unir as suas bocas e ele aprendeu a amar.
Ainda o relógio marcava dezassete anos!
Mas
amou-a como ninguém tinha amado antes. Quis dar-lhe o sol, quis
oferecer-lhe as estrelas, mas como lhe faltou o talento ofereceu-lhe um
anel, muitas flores, um lingerie sensual comprada nos chineses e um
iphone 4, este, com dinheiro que desviou da carteira da mãe.
Foi em Novembro que ela partiu, levou nos olhos as chuvas de Março e nas mãos o mês frio de Janeiro
Lembro-me
que ele lhe disse que o seu corpo tremia, mas ele, que queria ser
forte, respondeu que tinha frio, falou-lhe do vento norte. Não lhe disse
adeus, quem sabe talvez um dia...
Como
ele tremia meu Deus! Amou como nunca amou! E nessa noite pela primeira
vez na sua vida embebedou-se e acordou num motel com Jeremias, depois de
ter comprado ao dono do bar um computador portátil para ir actualizar o
Facebook! O dono do bar, um sensual invisual!
Foi
louco? Não sei, talvez! Mas por pouco, muito pouco, ele voltaria a ser
louco e amá-la-ia outra vez, mesmo sabendo que ela estava dependente da
cocaína e roubava-o, tendo mesmo chegado a agredi-lo!
Sim
eu sei que tudo são recordações, sim eu sei é triste viver de ilusões,
mas esta foi a mais linda história de amor que um dia aconteceu e
recordar é viver, ainda que uma Directiva comunitária tenha proibido o
casamento antes dos vinte anos, para diminuir a taxa de infidelidade
entre os estudantes do ensino superior, porquanto, há a tradição destes
alunos beberem demasiado às quintas-feiras e depois perderem a noção do
que fazem e com quem fazem!
Sim
eu sei que tudo são recordações, sim eu sei é triste viver de ilusões,
mas este foi o mais lindo caso prático que um dia me aconteceu!
Quid Juris
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